"Ainda não foi hoje que nos encontrámos.
Mais um dia sem tropeçar desajeitada e acidentalmente em ti ao virar da esquina. Também não foi hoje que as nossas mãos se tocaram inesperadamente ao tocar num botão qualquer para chamar o elevador ou fazer o semáforo passar a verde. Os nossos olhares não se cruzaram no meio da multidão, nem tão pouco os nossos números de telefone se misturaram por um engano qualquer. Não te insultei no meio do trânsito para te apaixonares pelo meu mau feitio, nem me sentei a teu lado no autocarro para te sentires agradavelmente incomodado. Não jantámos sozinhos no mesmo restaurante, não chorámos as nossas mágoas na mesma praia, nem a paisagem das nossas janelas é sequer parecida.
Continuamos solitários e imperfeitos, no isolamento dos nossos pensamentos, desejando o entrelaçar de nós.
Continuamos a vaguear por aí..."
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
sábado, 16 de fevereiro de 2008
...
Perdoa, Senhor, o nosso dia
A ausência de gestos corajosos
A fraqueza dos actos consentidos
A vida nos momentos mal amados.
Perdoa o espaço que Te não demos
Perdoa porque não nos libertámos
Perdoa as correntes que pusemos
Em Ti, Senhor, porque não ousámos.
Contudo, faz-nos sentir
Perdoar é esqueçer a antiga guerra
E partindo recomeçar de novo
Como o sol que sempre beija a terra.
A ausência de gestos corajosos
A fraqueza dos actos consentidos
A vida nos momentos mal amados.
Perdoa o espaço que Te não demos
Perdoa porque não nos libertámos
Perdoa as correntes que pusemos
Em Ti, Senhor, porque não ousámos.
Contudo, faz-nos sentir
Perdoar é esqueçer a antiga guerra
E partindo recomeçar de novo
Como o sol que sempre beija a terra.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
O amar e o amor...
"O amar e o amor de quando em vez desencontrados, normalmente desencontrados. Dois mundos que se não tocam. Por cada amor há alguém que ama e alguém amado, à vez. O amar e o amor. Puxar uma corda sem que alguém resista no outro extremo. Amar é perder a vez de ser amada. Mas quando sou e se porventura sou então descanso e aproveito. O amar e o amor, dois mundos que se não tocam. Quem me quer amante e eu que me quero sempre amada (não queremos todos?). Saber-te amante e ao mesmo tempo amar-te com todo o amor que consiga. Amares-me também até doer. Amar-te e por isso desejar que vás primeiro para que não sintas a minha falta, ou antes desejar ser eu a ir primeiro porque eu me sei incapaz de aqui ficar sem ti, de viver sem ti. Dois mundos que se não tocam. O amor e amar, amar e não apenas ser amável, dois mundos."
Sofia Vieira: http://umamoratrevido.blogspot.com
Sofia Vieira: http://umamoratrevido.blogspot.com
sábado, 2 de fevereiro de 2008
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