quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Oscar Wilde

"Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo."

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Antero de Quental

"Pergunta a quem te viu se esquecer pode,
Um só momento a luz dos olhos teus!
Ao mártir, se lhe lembra a sua crença!
Ao crente, se lhe lembra ainda o seu Deus!"

in Poesia Completa

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Apeteceu-me...

Como todas as histórias esta também podia começar com "Era uma vez...". No entanto não é uma história, é algo que me apeteceu escrever. Como tu. Apeteces-me hoje. Ontem, não me lembro e amanhã, não sei. Não sei. É a mesma dúvida que têm os pássaros que, quando são soltos da gaiola pela primeira vez não sabem que direcção tomar. Esquerda, direita, para a frente, para trás... para quê para todas essas direcções que conheço quando há um mundo a descobrir... Sim, um mundo diferente de tudo o que conheço e onde suspeito que, ao chegar, lá estarás. Não num cavalo branco (porque não vale a pena esperar por D.Sebastião morto em Alcácer-Quibir), mas de braços abertos, dispostos a apertar até que o sentimento o permita. Não como num conto de fadas, mas com tudo a que nós, seres perfeitamente humanos, merecemos e esperamos. Apeteces-me! Já disse isto? Não interessa, gosto e voltar a dizer. E voltar a ter a sensação de que tudo não passa de um capricho e que, independentemente da altura, vou percorrer o meu caminho. O meu caminho triunfal até ti.

ARCG

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Da inocência e da perversão (porque eu não faria melhor!)



"Vou pedir-te um favor e não quero que o aceites se não for isso que os teus olhos me peçam. Deita-te a meu lado e desenha comigo um presente, sem futuros nem hipérboles passadas. Fica simplesmente aqui, no calor ufano de um espaço a dois e deixa-me levar o que resta de ti para um canto da alma que, garanto-te, é seguro. Como uma sinfonia desconhecida, apeteces-me. Como um desejo insano, apeteces-me. Apeteces-me pura e cruamente, numa transparência que talvez seja ilusória, talvez não. Estou farta de me sentir domada a regras que não são minhas, a bizarrias que já não proclamo. Vem e respira no meu peito. Encobre-me na nudez do teu corpo moreno e descobre-me as nuances de um cheiro que sabe a amor, a um amor despido de preconceitos ou de limites. Apeteces-me, numa recordação de contradanças das quais só restam o balanço suave do meu querer junto ao teu. Teu, nunca meu, como tu. (...)"