domingo, 30 de agosto de 2009

Ontem, Hoje e Amanhã

Quando o passado se mistura com o presente e nos modifica o futuro, a confusão é tanta que temos a sensação de estarmos perdidos.
Foi o que me aconteceu hoje, quando tocaste à campainha e entraste de rompante com a tua gragalhada, como aliás já se tinha tornado um hábito.
Hábito, antes de teres interrompido a tua rotina e ires viver para longe, lá para a outra margem, que eu tanto gosto, mas que me faz sempre lembrar o rumo incerto de um barco à vela.
Foi esse mesmo rumo que tu levaste, sem preparar nada nem niguém e agora passados alguns anos, recolheste-te no teu refúgio de sempre e voltas ao passado, mexendo no teu presente e revirando o teu futuro.
O teu e o nosso, que já nos vinhamos habituando à tua ausência.
ARC

domingo, 16 de agosto de 2009

Porto 07.08.2009


Amigos.Galerias. Clérigos. Aliados. Bulhão. Caves. Douro. Francesinhas.

São estas palavras que resumem o dia dos meus 18 anos. No entanto não conseguem descrever o que é festejar a maioridade numa cidade que não a nossa. Numa cidade tão mágica e grandiosa, tão luminosa e tão afável, mas também tão longíqua e tão vazia de afectos meus.

Mas consegue ser bom. Tão bom!


ARC

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Casa

Se há coisa de que me apercebi nos últimos tempos é que, por mais que queiramos ser livres e ir para longe dos locais habituais, temos qualquer coisa que nos faz desejar voltar, sempre. Porque o que é nosso e o que damos por adquirido é um porto seguro e um escape para tudo aquilo que precisamos.
Não importa se são desilusões, saudades ou, até mesmo, vontade de regressar a casa. O que importa é que voltar à nossa casa, independentemente do significado subjectivo que esta palavra acarreta, resulta numa sensação tão única e tão intensa, ao mesmo tempo.
Mas só quem sai é que sabe o que isto é. Só quem se vai embora (mesmo que por breves dias) é que se apercebe o quão doce é o nosso lar. Aquele lar, que muitas vezes desejamos modificar, mas que se torna tão perfeito à distância.

ARC