segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Conversa no 727


A.: Conta lá como é que vai a tua vida...
J.: Muito mal...
A.: Deixa lá, que a minha também não vai melhor... tenho um nó com três pontas soltas.
J.: Ao menos tens pontas onde te agarrar!

E a verdade é essa... por muito que nos queixemos e achemos que na nossa vida temos sempre grandes problemas para resolver... há que lembrar que, na maioria das vezes, quem está ao nosso lado está sempre pior...


ARCG

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
(...)

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
(...)
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.


António Gedeão

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conversa de paragem de autocarro

(...)

Mãe: Quem é que te disse isso?
Filho: Foi um avô.
Mãe: Um avô?
Filho: Sim, um senhor velhote!


Conversa, às 9h15 da manhã, numa paragem de autocarro no largo do Rato, entre uma mãe e o seu filho (que devia ter, mais ou menos, 2 anos).

sábado, 20 de novembro de 2010


É aqui que me encontro. Nesta fase da vida em que as escolhas tem que ser feitas... Mas é pena não haver a hipóstese de ir em frente... É pena ter que virar as costas a um dos lados... É pena...

ARCG

quarta-feira, 17 de novembro de 2010


As coisas têm a importância que lhes damos.

ARCG

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Destino: Lisboa

Não há nada melhor na vida que reencontrar e reinventar velhos conhecidos e os transportes públicos, logo pela manhã, são o melhor local para isso acontecer...
No outro dia vi-te chegar à estação, com aquele andar tão característico teu. Não duvidei que eras tu e, quando te sentaste à minha frente no comboio pus-me a reviver, nos 20 minutos de viagem, os anos que partilhamos. Não me reconheceste, penso eu (porque embora tu estejas igual, eu estou diferente) nem nos olhamos nos olhos. Tu adormecias e só acordavas com o toque de mensagem no telemóvel, enquanto eu gravava este texto nos rascunhos.
Pus-me a adivinhar em que estação sairias, numa tentativa de adivinhar o teu presente e também o teu futuro. Sais-te na mesma que eu e na ligação ao outro transporte persegui-te os passos na esperança de serem os mesmos que os meus. Até foram, e continuei a seguir-te como se de uma detective esta história se tratasse. No entanto, mais à frente deixei-te ir... na tentativa de sobrar algum mistério deste encontro repentino numa manhã com destino a Lisboa.

ARCG

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Esperança

Como uma amiga tinha no facebook: "Enquanto o céu for azul, a relva verde e o número da Telepizza o mesmo, ainda há esperança."

Eu não diria melhor!