Passaste estes últimos dias à espera dele, sem saberes se voltava (ontem, hoje ou amanhã). Sentias a falta dos beijos, dos abraços, dos mimos... Lembravas-te, ainda que com alguma dificuldade, daquelas características já me disseram que se esquecem com o tempo: a voz, os traços do rosto, a maneira de andar, a expressão no olhar e tantas outras coisas que, a medo, não querias enunciar.
Passou muito tempo minha amiga. Imaginavas, a todo o momento, como regressaria lá daquele país. Tinhas receio que lhe tivessem levado a alma. Mas tinhas a certeza que o saberias assim que o olhasses nos olhos, pois acreditas e repetes, convictamente, que "os olhos são o espelho da alma".
Enquanto ele não se mete no avião e volta para casa, para os teus braços, vais-te mantendo em contacto, de modo a não perder a chama desse amor, que acreditas ser verdadeiro.
E eu também acredito. Acredito mesmo. Acredito que esse amor é daqueles capazes de mover montanhas. E sabes porquê? Porque às vezes, quando fechas os olhos, imagina-lo e descreve-lo na perfeição, deixas-te levar pelos sentidos e consegues sentir tudo aquilo de que sentes falta quando a distância é uma barreira. E ele afinal está ali.
E quando pegas no telemóvel: “Estou meu amor? É só para dizer que te amo e que não paro de pensar em ti!”. E do outro lado, a muitos quilómetros de distância, um coração anima-se e o mundo assiste ao nascer do maior sorriso do mundo… "Também te amo muito meu amor”.
O amor verdadeiro tem este poder: aproximar dois seres no coração.
ARC
quinta-feira, 27 de março de 2008
É assim
Olhaste-me. Fizeste-me uma série de perguntas às quais não me apetecia nada responder.
Será que não entendes que é preciso confiar? Dar espaço aos outros para que eles respirem, sem terem que estar sempre a dar satisfações, é importante.
Eu não cobro nada a ninguém. O que me dizem eu tomo como verdade. Se calhar não devia, mas sou assim e, por isso, não concebo que me façam o contrário. Não exijo mais do que aquilo que dou.
Confio cegamente, se calhar às vezes até demais, mas não tenho necessidade de fazer dos outros meus prisioneiros.
Para isso não contem comigo.
Não contem mesmo!
ARC
Será que não entendes que é preciso confiar? Dar espaço aos outros para que eles respirem, sem terem que estar sempre a dar satisfações, é importante.
Eu não cobro nada a ninguém. O que me dizem eu tomo como verdade. Se calhar não devia, mas sou assim e, por isso, não concebo que me façam o contrário. Não exijo mais do que aquilo que dou.
Confio cegamente, se calhar às vezes até demais, mas não tenho necessidade de fazer dos outros meus prisioneiros.
Para isso não contem comigo.
Não contem mesmo!
ARC
Para ti, novamente!
Como através de uma conversa de circunstância se pode mudar os tempos verbais daquilo que dizemos e, consequentemente, daquilo que temos como verdade.
Dei por mim, que penso duas vezes antes de construir uma frase, a trocar todo um tempo verbal de uma conversa. Ao que correspondia o passado, atribui o presente. Talvez por a conversa ter sido baseada em ti.
Acredito que o nosso inconsciente nos pode iluminar. E por isso continuo a dizer que ainda aqui estás, mesmo que seja apenas no meu coração.
Insistem em dizer-me que morreste e que quem está enterrado jamais sabe o que são os sentimentos.
Eu insisto em dizer que o amor verdadeiro pode ser eterno, mesmo à distância.
À distância da terra e do céu!
ARC
Dei por mim, que penso duas vezes antes de construir uma frase, a trocar todo um tempo verbal de uma conversa. Ao que correspondia o passado, atribui o presente. Talvez por a conversa ter sido baseada em ti.
Acredito que o nosso inconsciente nos pode iluminar. E por isso continuo a dizer que ainda aqui estás, mesmo que seja apenas no meu coração.
Insistem em dizer-me que morreste e que quem está enterrado jamais sabe o que são os sentimentos.
Eu insisto em dizer que o amor verdadeiro pode ser eterno, mesmo à distância.
À distância da terra e do céu!
ARC
terça-feira, 18 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
Artista de circo
"A vida são portas condenadas.
Portas que passamos, pensando que, ao as abrirmos, vamos descobrindo o mundo e arrumando o caos interno, mas afinal percebemos que à medida que os anos passam, elas se vão fechando uma a uma, nas nossas costas ou na nossa cara, batendo com uma veemência esmagadora e a perguntar em surdina porquê.
A vida são portas condenadas, primeiro fecha-se a porta da infância (...) a partir daí a vida estreita-se num arame cada vez mais fino e ténue e é então que vamos percebendo que viver não é mais do que um precário equilíbrio, uma travessia solitária pelo arame traiçoeiro que nos há-de levar a um lado qualquer que é sempre do outro lado, onde está tudo aquilo que nos convencem que queremos ou que simplesmente escolhemos como objectivo para alcançar uma coisa qualquer a que gostamos de chamar tanquilidade.
Deve ser por isso que sempre quis ser artista de circo, a travessia diária do arame dá-me medo e vertigem, o medo paralisa-me mas a vertigem chama-me a lá vou eu, um pé à frente do outro, a vara com a razão numa ponta e o coração noutra a atravessar a vida, sempre à espera que uma corrente de ar entre um e outro lado da tenda me façam parar para pensar. (...) imagino que sou uma trapezista (...) e que cruzo o tecto do mundo em acrobacias da mais fina elegância, lançando-me no espaço com a mesma inconsciência com que corria no fio do muro do colégio ou empilhava cadeiras e mesas todas umas por cima das outras no ginásio deserto até sentir que via o mundo de cima, pequeno e distante.
As minhas pernas são musculadas, seguram-me na barra suspensa e dão o balanço certo antes do voo (...) preparando o momento exacto para executar o salto perfeito sem nunca olhar para baixo, porque a vida nunca me diz se tenho ou não rede para cair. E no instante perfeito em que te vejo do outro lado das alturas (...) fecho os olhos e salto pelo ar, atravesso o tecto da tenda, lá em baixo as avós rezam e as crianças abrem a boca de espanto, e nunca sei se me agarras no último instante possível e me convences que afinal a vida não são só portas condenadas que o tempo também serve para abrir, ou se me deixas cair devagar, como fazemos com aqueles que amamos com medo de não ter nada para lhes dar."
Margarida Rebelo Pinto em "Artista de Circo"
Portas que passamos, pensando que, ao as abrirmos, vamos descobrindo o mundo e arrumando o caos interno, mas afinal percebemos que à medida que os anos passam, elas se vão fechando uma a uma, nas nossas costas ou na nossa cara, batendo com uma veemência esmagadora e a perguntar em surdina porquê.
A vida são portas condenadas, primeiro fecha-se a porta da infância (...) a partir daí a vida estreita-se num arame cada vez mais fino e ténue e é então que vamos percebendo que viver não é mais do que um precário equilíbrio, uma travessia solitária pelo arame traiçoeiro que nos há-de levar a um lado qualquer que é sempre do outro lado, onde está tudo aquilo que nos convencem que queremos ou que simplesmente escolhemos como objectivo para alcançar uma coisa qualquer a que gostamos de chamar tanquilidade.
Deve ser por isso que sempre quis ser artista de circo, a travessia diária do arame dá-me medo e vertigem, o medo paralisa-me mas a vertigem chama-me a lá vou eu, um pé à frente do outro, a vara com a razão numa ponta e o coração noutra a atravessar a vida, sempre à espera que uma corrente de ar entre um e outro lado da tenda me façam parar para pensar. (...) imagino que sou uma trapezista (...) e que cruzo o tecto do mundo em acrobacias da mais fina elegância, lançando-me no espaço com a mesma inconsciência com que corria no fio do muro do colégio ou empilhava cadeiras e mesas todas umas por cima das outras no ginásio deserto até sentir que via o mundo de cima, pequeno e distante.
As minhas pernas são musculadas, seguram-me na barra suspensa e dão o balanço certo antes do voo (...) preparando o momento exacto para executar o salto perfeito sem nunca olhar para baixo, porque a vida nunca me diz se tenho ou não rede para cair. E no instante perfeito em que te vejo do outro lado das alturas (...) fecho os olhos e salto pelo ar, atravesso o tecto da tenda, lá em baixo as avós rezam e as crianças abrem a boca de espanto, e nunca sei se me agarras no último instante possível e me convences que afinal a vida não são só portas condenadas que o tempo também serve para abrir, ou se me deixas cair devagar, como fazemos com aqueles que amamos com medo de não ter nada para lhes dar."
Margarida Rebelo Pinto em "Artista de Circo"
sexta-feira, 7 de março de 2008
8 de Março - Dia Internacional da Mulher
Ser mulher é ser lutadora, conquistadora, mesmo quando o mundo inteiro parece estar contra nós.
Ser mulher é ser ambiciosa, é querer sempre mais.
Ser mulher é ser maternal, é proteger, acima de tudo e de todos, aqueles que amamos, independentemente de acharmos que fizeram a pior coisa do mundo.
Ser mulher é ser meiga, carinhosa e esperar o mesmo dos outros.
Ser mulher é ser optimista e ter esperança de um mundo melhor.
Ser mulher é querer respeito, não igualdade entre homens e mulheres.
Ser mulher é ser apaixonada, sensível, impulsiva e emocional.
Ser mulher é ir aprendendo com os erros que cometemos.
Ser mulher é, acima de tudo, ser mulher.
Porque o que não nos mata, torna-nos mais fortes.
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