Passaste estes últimos dias à espera dele, sem saberes se voltava (ontem, hoje ou amanhã). Sentias a falta dos beijos, dos abraços, dos mimos... Lembravas-te, ainda que com alguma dificuldade, daquelas características já me disseram que se esquecem com o tempo: a voz, os traços do rosto, a maneira de andar, a expressão no olhar e tantas outras coisas que, a medo, não querias enunciar.
Passou muito tempo minha amiga. Imaginavas, a todo o momento, como regressaria lá daquele país. Tinhas receio que lhe tivessem levado a alma. Mas tinhas a certeza que o saberias assim que o olhasses nos olhos, pois acreditas e repetes, convictamente, que "os olhos são o espelho da alma".
Enquanto ele não se mete no avião e volta para casa, para os teus braços, vais-te mantendo em contacto, de modo a não perder a chama desse amor, que acreditas ser verdadeiro.
E eu também acredito. Acredito mesmo. Acredito que esse amor é daqueles capazes de mover montanhas. E sabes porquê? Porque às vezes, quando fechas os olhos, imagina-lo e descreve-lo na perfeição, deixas-te levar pelos sentidos e consegues sentir tudo aquilo de que sentes falta quando a distância é uma barreira. E ele afinal está ali.
E quando pegas no telemóvel: “Estou meu amor? É só para dizer que te amo e que não paro de pensar em ti!”. E do outro lado, a muitos quilómetros de distância, um coração anima-se e o mundo assiste ao nascer do maior sorriso do mundo… "Também te amo muito meu amor”.
O amor verdadeiro tem este poder: aproximar dois seres no coração.
ARC