Foi há dois dias. Assim como quem não está à espera, telefonaste-me. A tua voz doce, a cantar-me a música convencionada para os dias de aniversário, seguida de um "parabéns Ana", fez-me sentir a pessoa mais feliz do mundo.
Sim, porque tens esse poder. Ou não fosses tu a minha bebé.
É incrível como um ser tão pequeno, doce, meigo, inocente, mas também já muito perspicaz consegue florescer uma paz interior tão grande.
Adoro-te meu amor. És e serás, sempre, a minha pequenina.
5 anos. A minha vida.
ARC
sábado, 9 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
...
Como as estrelas eram mais brilhantes na noite passada. Viste? Eu disse. Disse-te e não acreditas-te.
Não acreditaste, porque pesavas que o que eu dizia não fazia sentido racionalmente. Mas quem te disse a ti que tudo tem que ser racional?!
Já te disse que aquilo que nos move, enquanto seres humanos, o amor, ultrapassa muitas barreiras e vai muito para além desse promonor que é a morte.
O amor eterno existe. E eu sei isso tão bem.
ARC
Não acreditaste, porque pesavas que o que eu dizia não fazia sentido racionalmente. Mas quem te disse a ti que tudo tem que ser racional?!
Já te disse que aquilo que nos move, enquanto seres humanos, o amor, ultrapassa muitas barreiras e vai muito para além desse promonor que é a morte.
O amor eterno existe. E eu sei isso tão bem.
ARC
Quero-te
Quero-te aqui. Agora. Neste sitio onde sei que ja não pode voltar. Mas quero-te.
Quero poder abraçar-te sempre que me apeteçer. Quero mergulhar nos teus olhos. Quero sentir-me protegida. Quero saber que este dia é nosso. Quero voltar atrás. Quero fingir que ainda tudo é perfeito.
Não vás. Espera só mais um pouco.
Quero-te aqui. Aqui onde sei que já não vais voltar.
Quero-te aqui. Vamos passear outra vez.
Quero-te simplesmente.
Fazes-me falta, avô.
ARC
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
A viagem
"(...) porque nossa vida é como uma viagem de comboio, cheia de embarques e desembarques,
de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques
e de tristezas com os desembarques...
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse comboio, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão connosco a viagem até o fim: os nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afecto.
Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão a ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores.
Muitas pessoas tomam esse comboio a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no comboio há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no comboio de tal forma que, quando desocupam os seus assentos, ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso obriga-nos a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos o nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não nos podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.
Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse comboio jamais volta.
Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajecto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos.
E fico a pensar: quando eu descer desse comboio sentirei saudades? Sim. Deixar meus filhos viajar sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim doloroso.
Mas agarro-me à esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.
E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tenha tornado valiosa.
Agora, neste momento, o comboio diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. A minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...
Quem entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do comboio, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar.
Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros".
Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo."
Autor Desconhecido
de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques
e de tristezas com os desembarques...
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse comboio, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão connosco a viagem até o fim: os nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afecto.
Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão a ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores.
Muitas pessoas tomam esse comboio a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no comboio há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no comboio de tal forma que, quando desocupam os seus assentos, ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso obriga-nos a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos o nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não nos podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.
Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse comboio jamais volta.
Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajecto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos.
E fico a pensar: quando eu descer desse comboio sentirei saudades? Sim. Deixar meus filhos viajar sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim doloroso.
Mas agarro-me à esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.
E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tenha tornado valiosa.
Agora, neste momento, o comboio diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. A minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...
Quem entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do comboio, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar.
Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros".
Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo."
Autor Desconhecido
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