Quando o passado se mistura com o presente e nos modifica o futuro, a confusão é tanta que temos a sensação de estarmos perdidos.
Foi o que me aconteceu hoje, quando tocaste à campainha e entraste de rompante com a tua gragalhada, como aliás já se tinha tornado um hábito.
Hábito, antes de teres interrompido a tua rotina e ires viver para longe, lá para a outra margem, que eu tanto gosto, mas que me faz sempre lembrar o rumo incerto de um barco à vela.
Foi esse mesmo rumo que tu levaste, sem preparar nada nem niguém e agora passados alguns anos, recolheste-te no teu refúgio de sempre e voltas ao passado, mexendo no teu presente e revirando o teu futuro.
O teu e o nosso, que já nos vinhamos habituando à tua ausência.
ARC