sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Casa

Se há coisa de que me apercebi nos últimos tempos é que, por mais que queiramos ser livres e ir para longe dos locais habituais, temos qualquer coisa que nos faz desejar voltar, sempre. Porque o que é nosso e o que damos por adquirido é um porto seguro e um escape para tudo aquilo que precisamos.
Não importa se são desilusões, saudades ou, até mesmo, vontade de regressar a casa. O que importa é que voltar à nossa casa, independentemente do significado subjectivo que esta palavra acarreta, resulta numa sensação tão única e tão intensa, ao mesmo tempo.
Mas só quem sai é que sabe o que isto é. Só quem se vai embora (mesmo que por breves dias) é que se apercebe o quão doce é o nosso lar. Aquele lar, que muitas vezes desejamos modificar, mas que se torna tão perfeito à distância.

ARC