terça-feira, 15 de setembro de 2009

14.09.2009

Nestes últimos dias perdi competamente a noção do tempo: dos dias e até das horas. Mas hoje, sinto novamente aquele vazio que, todos os anos, me aterroriza. Aquele vazio a que muitos denominam de "ausência", o que outros nomeam de "saudade", mas que eu chamo "falta de ti". Porque só a tua falta me deixa completamente desnorteada e me faz chorar assim que penso em ti. Hoje, como em todas as noites de 14 de Setembro fui à janela em busca da tua estrela maior. Porque 10 anos e meio de ausência é muito tempo para alguém que cá deveria estar. Porque a saudade é tão grande que nem me permito enunciar o teu nome. Não me consigo esqueçer do teu rosto, porque as fotografias assim não o permitem, mas já não me lembro da tua voz e não me recordo do teu cheiro. A nossa memória, por vezes, atraiçoa-nos: lembra-nos daquilo que queremos esquecer e apaga aquilo que de mais precioso queremos guardar e recordar. Hoje é, sem dúvida, o teu dia (seria o do 78º aniversário), mas tu já cá não estás e, nos entanto, continuas a deixar saudade a quem gosta de ti e a marcar pela ausência
Fazes-me falta!
ARC