Como todas as histórias esta também podia começar com "Era uma vez...". No entanto não é uma história, é algo que me apeteceu escrever. Como tu. Apeteces-me hoje. Ontem, não me lembro e amanhã, não sei. Não sei. É a mesma dúvida que têm os pássaros que, quando são soltos da gaiola pela primeira vez não sabem que direcção tomar. Esquerda, direita, para a frente, para trás... para quê para todas essas direcções que conheço quando há um mundo a descobrir... Sim, um mundo diferente de tudo o que conheço e onde suspeito que, ao chegar, lá estarás. Não num cavalo branco (porque não vale a pena esperar por D.Sebastião morto em Alcácer-Quibir), mas de braços abertos, dispostos a apertar até que o sentimento o permita. Não como num conto de fadas, mas com tudo a que nós, seres perfeitamente humanos, merecemos e esperamos. Apeteces-me! Já disse isto? Não interessa, gosto e voltar a dizer. E voltar a ter a sensação de que tudo não passa de um capricho e que, independentemente da altura, vou percorrer o meu caminho. O meu caminho triunfal até ti.
ARCG