segunda-feira, 22 de março de 2010

O céu

Era de madrugada. Acordei em sobressalto, acabando de ter um pesadelo onde o teu destino não era o que eu desejava. Levantei-me e calcei aquelas meias que agora estão na moda, aquelas que fizeram para os miúdos não derraparam e que têm o sitio exacto para pôr os dedos, quais luvas em dias frios de Inverno. Também eu encontrei o meu sitio exacto, o local onde colocar o meu pensamento. Também eu olhei lá para fora, como uma criança curiosa, à espera que as estrelas desçam à terra para as conseguir alcançar. Mergulhei nos meus pensamentos, fiz imediatamente um filme que contrariasse aquele pesadelo, até derrapar na minha prórpia imaginação e pereceber que o mundo não é assim tão cor-de-rosa, que as fadas e os castelos não exitem e que a histórias de encantar já passaram à história. Olhei novamente para o céu, na esperança de que esta criança dentro de mim esboçasse o maior sorriso do mundo, mas o que consegui ser foi apenas o ombro amigo de todas aquelas estrelas que naquele momento decidiram contrariar-me e fazer de mim a sua ouvinte. Então sorri, porque o céu quando quer está bem pior que nós!

ARCG