segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Miradouro de São Pedro de Alcântara


Aproximas-te de mim. Lentamente. A melodia dos pássaros disfarça o teu caminhar. Mas as folhas de Outono, caidas no chão, denunciam-te os passos. Aproximas-te de mim. Devagar. Enquanto peço o rotineiro café. Aproximas-te de mim. Envolves-me o teu abraço à volta do meu pecoço e, num gesto de subtileza, ofereces-me um pastel de nata... o eterno acompanhante do café. Pelo menos o meu. Aproximas-te de mim. Lentamente. E consigo cheirar-te o perfume... sempre tive um bom olfacto (pelo menos é o que dizem). Aproximas-te de mim. Devagar. E, desta vez, consigo sentir-te os lábios. Que também já sabem a pastel de nata.

ARCG