quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Eu Sei...

se eu voar sem saber onde vou
se eu andar sem conhecer quem sou
se eu falar e a voz soar com a manhã
eu sei...


se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
só Deus sabe o que virá
só Deus sabe o que será
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim


se a tristeza é mais profunda que a dor
se este dia já não tem sabor
e no pensar que tudo isto já pensei
eu sei...


se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
na incerteza de saber
o que fazer, o que querer
mesmo sem nunca pensar
que um dia o vá expressar
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim

Sara Tavares

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Espírito de Natal.

Ontem quando os vi senti-me , novamente, criança. Sei que pode parecer estranho, mas senti-me, mesmo, pequenina.
Vi-os em lugares e em alturas diferentes, embora sejam marido e mulher.
Ele, em sua casa, deu-me um daqueles grandes abraços seguido da expressão: "Olha a minha alegria!".
Ela, já em minha casa, num daqueles dvd's de quando somos pequenos (que a minha avó adora ver) mostrou-me o quanto se pode amar alguém.
Tenho a perfeita noção que fui, durante anos, a neta que sempre quiseram ter. Hoje, e apesar dos seus três netos (todos rapazes, por sinal) sei que ainda sou a "menina deles".
Ontem, graças a eles, recordei como se pode ser feliz com pequenos momentos na vida. Vieram-me à memória as pequenas histórias com cada um deles: o momento de furar as orelhas (porque não poderia ser com mais ninguém senão ela), as tardes passadas nos jardins de Almada (com a paciência interminável dele) e muitos outros momentos que não tenho tempo para contar.
É bom recordar, mas hoje não dá para viver, outra vez, tudo o que vivemos, embora já sejamos mais velhos.
Porque, hoje, ele mora longe (na outra margem do Tejo) e ela ainda mais, num lugar mágico, lá ao pé dos anjos!

Beijos enormes para vocês, onde quer que estejam, da vossa sobrinha,
ARC

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal!




Jesus,

Daqui a uns dias é Natal. E os mais velhos dizem que Tu nasces no Natal. Que é por isso que se dão presentes, para celebrar o Teu nascimento. É por isso que a família se reúne e há barulho, festa, alegria. Mas eles não olham para Ti, Senhor. Eles passam em frente ao presépio e não param para Te ver. Não vêem que Tu nasces por eles e para eles. Que é por eles que estás nu nas palhinhas. Que é por eles que nasceste na pobreza, na humildade. Porque é que eles não te vêm Senhor?! Eu olho e vejo-Te aí, no meio da Tua mãe, do Teu pai da Terra, dos animais, das palhinhas. Eu vejo-Te e sei que tens frio. Gostava de Te abraçar, se calhar assim o frio passava.

Será que se tivesses nascido no meio da riqueza ia ser diferente? Eles iam olhar para Ti, adorar-Te como Tu mereces?

Toda a gente pensa em presentes, no Natal. Compram-se presentes para o pai, para a mãe, para os manos, mas ninguém Te agradece. Ninguém agradece a mensagem de paz que trouxeste com o Teu nascimento. Ninguém Te dá presentes por isso. Porquê?!

Disseram-me que para que Jesus nascesse, eu tinha que ter um coração arrumado. Só assim é que Ele podia nascer. Porque Tu queres nascer no meu coração Senhor. Eu quero mesmo ter um coração limpinho e arrumado para Ti. E no meu coração não tens que nascer no frio, nem nas palhinhas. Quero ter o meu coração quente para Te receber, Jesus. Achas que consigo contagiar os outros com este calor? Eu sou pequenina, ajudas-me a arrumar e a limpar este coração sujo?




domingo, 23 de dezembro de 2007

Sabia?... Eu não!

P.S.: Sei que o texto nada tem a ver com esta época festiva, mas gostei dele.
O que a maçã nos ensina sobre o óleo vegetal
"Ainda o mundo andava de fraldas e já a maçã era vítima de um sério problema de imagem.
Bastou uma dentadinha de Eva e pronto: para mal dos seus pecados, a maçã nunca mais deixaria de ser alvo de calúnias e associações negativas. E como se Eva não bastasse, também a bruxa da Branca de Neve veio ajudar à festa.
E pergunta você: mas o que é que isto tem a ver com o óleo vegetal? Tudo.
Porque o óleo vegetal, apesar de não ter honras de protagonismo em filmes de animação, é muitas vezes visto como um dos maus da fita na alimentação.
E, no entanto, tal como a maçã, sabemos hoje que, não só essa imagem é errada, como o óleo vegetal pode e deve fazer parte de uma dieta equilibrada.
Não acredita? É natural. São muitos anos de ideias falsas. Mas, já agora, deixe-nos fazer-lhe um pequeno teste. Responda rapidamente: O óleo vegetal tem muito colestrol? Apostamos que respondeu: «Ui!». Pois bem, a verdade é que o óleo vegetal tem apenas 0.0003% de colestrol! Quase zero, portanto. Até um iogurte natural, que tem um teor de colestrol insignificante, tem 20 vezes mais colestrol que o óleo vegetal.
Surpreendente, não é? Mas as ideias erradas sobre o óleo vegetal não acabam aqui.
99% das pessoas, quando pensam em óleo vegetal, pensam em pneus, aterosclorose e outras coisas que nem é bom pensar. Mas, sem querer estar a dizer-lhe que as gorduras não engordam, há gorduras e gorduras.
(...)
Nesta altura está você a pensar: quer dizer que me posso empanturara de batatas fritas!
Não querendo tirar-lhe as batatas da boca, a realidade é que não. O óleo vegetal não é o mau da fita, mas é uma gordura. E não convém abusar. Mesmo assim, a Organização Mundial de Saúde recomenda que entre 15 a 30% das calorias que ingerimos por dia venham de gorduras. Porque, e aqui mais uma vez vai ser surpreendido, algumas gorduras são indispensáveis para o nosso corpo.
Portanto, deleite-se com as suas batatas fritas sem complexos, mas sem abusos.
E no final da refeição, já agora, coma uma maçã."
Centro de Nutrição Fula

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Para pensar...

Primeiro há o que uma pessoa sente;
Depois há o que uma pessoa pensa que sente (que não é a mesma coisa);
Que, de qualquer forma, é sempre muito diferente daquilo que uma pessoa diz;
Que por sua vez, é muitas vezes diferente do que se quer dizer;
E é quase sempre bem distinto daquilo que uma pessoa pensou ou sentiu;
Já para não falar do que a outra pessoa pensa que ouviu e que tantas vezes não é o mesmo que se disse!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Para ti minha linda...

Encosta-te a mim...



Tudo o que eu vi
Estou a partilhar contigo.
E o que não vivi
Um dia, hei-de inventar contigo.
Sei que não sei
Ás vezes entender o teu olhar.
Mas quero-te bem.


Porque existem amizades que nasceram há pouco tempo, mas que parecem já de uma vida.

Esta música é só pa ti minha linda... (porque já a sabes só de me ouvir cantar)e porque a letra só faz sentido conosco.
Adoro-te!
Como diz a letra partilho aquilo que já vivi contigo, e o que não vivi sei que é contigo que se vai passar. Sei que posso não te entender só com um simples olhar... (mas havemos de lá chegar).
Desejo-te tudo de bom... quero-te mesmo bem!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

...


Eu, teu Deus, conheço a tua miséria, os combates e as tribulações da tua alma, a fraqueza e as enfermidades do teu corpo; conheço a tua frouxidão, os teus pecados, as tuas falhas. Mesmo assim Eu te digo: Dá-me o teu coração, ama-me como és.
Se esperas ser um anjo para te entregares ao amor, nunca me amarás.
Embora tornes a cair muitas vezes nessas faltas que desejarias nunca conhecer, embora sejas indolente na prática da virtude, não te permito que não ames.
Ama-me como és.

Em cada instante e em cada situação em que te encontres, no fervor ou na aridez, na fidelidade ou na infidelidade, ama-me tal como és.

Quero o amor de teu coração indigente.
Se, para me amares, esperas ser perfeito, nunca me amarás.
Meu filho, deixa-me amar-te, Eu quero o teu coração.
Tenho o cuidado de te formar, mas, entretanto, amo-te como és. E desejo que faças o mesmo, desejo ver, no fundo da tua miséria, subir o amor.
Em ti, até amo a própria fraqueza. Amo o amor dos pobres.
Quero que, da indigência, continuamente se levante este grito: Senhor, eu vos amo.
É o canto do teu coração que Eu procuro.

Acaso necessito Eu da tua ciência e dos teus talentos?
Não são virtudes que Eu te peço; e, se Eu tas concedesse, tão fraco como és, em breve se lhes juntaria o amor próprio.
Não te perturbes com isso.
Poderia destinar-te a grandes coisas.
Não, tu serás o servo inútil; tomar-te-ei até o pouco que tens, pois te criei para o amor. Ama!
O amor te levará a fazer tudo o resto, sem que penses nisso; procura apenas preencher o momento presente com o teu amor.

Hoje, estou à porta do teu coração, como um mendigo, Eu, o Senhor dos Senhores.
Bato e espero; apressa-te a abrir-me a porta, não alegues a tua miséria.
Se tu conhecesses perfeitamente a tua indigência, morrerias de dor.
A única coisa que poderia ferir-me seria ver-te duvidar e perder a confiança.
Quero que penses em mim todas as horas do dia e da noite; não quero que admitas a acção mais insignificante por um motivo que não seja o amor.
Quando tiveres de sofrer, dar-te-ei a força necessária.
Tu me deste amor, Eu te concederei amar para além de tudo o que poderias sonhar.
Mas lembra-te: ama-me tal como és. Não esperes ser um santo para te entregares ao amor, senão, nunca amarás.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Fácil de entender (The Gift)

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por não saber o que não será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o ue queres dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

É o amor, que chega ao fim, um final assim,
assim é mais fácil de entender