segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Miradouro de São Pedro de Alcântara


Aproximas-te de mim. Lentamente. A melodia dos pássaros disfarça o teu caminhar. Mas as folhas de Outono, caidas no chão, denunciam-te os passos. Aproximas-te de mim. Devagar. Enquanto peço o rotineiro café. Aproximas-te de mim. Envolves-me o teu abraço à volta do meu pecoço e, num gesto de subtileza, ofereces-me um pastel de nata... o eterno acompanhante do café. Pelo menos o meu. Aproximas-te de mim. Lentamente. E consigo cheirar-te o perfume... sempre tive um bom olfacto (pelo menos é o que dizem). Aproximas-te de mim. Devagar. E, desta vez, consigo sentir-te os lábios. Que também já sabem a pastel de nata.

ARCG

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Confiança. Se a tivermos tudo corre sobre rodas. É simples, apenas temos que acreditar em nós, no que sabemos fazer. Temos que nos conhecer, saber do que somos capazes, de que matéria somos feitos, como reagimos e o que é necessário fazer para nos controlarmos. No entanto, tudo se complica quando, mesmo seguros de nós próprios, alguém chega e dúvida de nós. Os mais fracos vão-se abaixo, mas os mais fortes também. Não há quem não se auto-destrua, quem não duvide de si. Mas a diferença entre os mais fracos e os mais fortes está no facto de os primeiros não serem capazes de voltar a confiar em si. Por isso digo, que tudo na vida gira em volta da confiança que temos em nós próprios.

ARCG

sábado, 16 de outubro de 2010

“Em algum lugar acima do arco-íris lá em cima, há um lugar de que ouvi falar… numa canção de

embalar.

Em algum lugar cima do arco-íris o céu é azul e os sonhos que ousas sonhar tornam-se

realidade.”

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Já prometi isto uma vez. Não resultou. Mas a partir de hoje, mais nenhuma lágrima tua correrá pelo meu rosto. Desisto (e esta é a palavra que mais odeio escrever e dizer). Mas desisto de te compreender e desisto que me compreendas. Somos muito diferentes e discordo, plenamente, de quem algum dia disse que os opostos se atraem. Acho que as relações que as pessoas mantêm são precisamente ao contrário. É preciso ser-se minimamente perecido para algo resultar. Desisto, mas que fique a ressalva de que não foi por falta de esforço ou de tentativas, antes porém de estar farta da conversa de sempre. Não tenho mais argumentos, não me consigo explicar de outra forma... e se não entendes isso, talvez seja porque não funcionamos da mesma forma. Sou apenas mais uma das pessoas a quem tens de dar atenção (embora digas que não, é isto que acho que sou para ti). Espero, desta forma, vir a reduzir a tua lista de espera e contribuir para uma melhor gestão do teu tempo. Como já te disse, tentei, e muito... mas não consigo mais. Já não tenho forças para travar uma batalha da qual vou sair inglória. Não tens com que te preocupar... eu não fico bem, mas também, ultimamente, tem sido o meu estado natural. Já prometi isto uma vez. Não resultou. Nem sei se vai resultar agora. Mas, ao menos, sei que alguma coisa vai mudar... porque já está tudo diferente.

ARCG